Há poucos lugares com tanta visibilidade no mundo da arte: Chris Dercon, de 52 anos, responsável pela Haus der Kunst de Munique desde 2003, foi anunciado ontem como o substituto de Vicente Todolí na Tate Modern, em Londres.
Uma escolha para o século XXI (DR)
Dercon assume a direcção de um dos mais emblemáticos museus no mundo, a celebrar este ano o seu dé- cimo aniversário, e, apesar de haver já quem o descreva como "um diplomata", a mudança está anunciada entrelinhas: "Transformar a Tate Modern é um desafio incrivelmente inspirador, oferecendo-nos a possibilidade de criar um novo tipo de instituição artística, preparada para o século XXI", disse Dercon, citado no comunicado da própria Tate. "Graças à sua excepcional equipa, a Tate Modern está constantemente a evoluir, quase como um movimento artístico, em si", acrescentou.
Depois de passar pela direcção de várias outras instituições internacionais de destaque, como o PS1, de Nova Iorque, e o Witte de With e o museu Boijmans Van Beuningen, ambos de Roterdão, Dercon "organizou exposições notáveis em Munique e tem-se comprometido com a divulgação da arte de todo o mundo", explicou Todolí, que anunciou a sua saída no princípio do ano e ainda não revelou os seus planos futuros. "Estamos encantados que tenha aceitado liderar a equipa que vai fazer a Tate entrar na sua segunda década."
No ano passado, foi Dercon quem convidou o artista plástico chinês Ai Weiwei para criar a ultramediatizada instalação "site-specificRemembering 2009" na fachada da Haus der Kunst. Foi também consultor na renovação do edifício do museu (projecto de Rem Koolhaas e da dupla Herzog & de Meuron). Tinha também já estado envolvido no projecto de expansão do Boijmans Van Beuningen.
Ontem, o Guardian pegava já nessa ponta solta: "Experiências úteis para a expansão da Tate [actualmente em discussão]."