
17.06.2010 - 16:57 Por Lusa
Os Certificados do Tesouro que vão ser comercializados a partir de 1 de Julho só são um bom investimento para quem esperar cinco anos, segundo uma análise da Deco/Proteste, que recomenda outras alternativas para prazos mais curtos.
De acordo com a associação de consumidores, esta é uma boa opção de investimento, com capital garantido, para quem não precisar de dinheiro nos próximos cinco anos.
Quem investir 1000 euros durante cinco anos terá uma remuneração líquida de cerca de 3,3 por cento, semelhante às Obrigações do Tesouro, conseguindo acumular 1176 euros.
Se mantiver o investimento durante dez anos, o prazo máximo permitido, a rendibilidade média anual seria de 4,3 por cento, o que significa que a poupança chegaria aos 1524 euros.
Mas para prazos inferiores, a Proteste aconselha outras formas de aplicar o dinheiro, já que os Certificados do Tesouro deverão render apenas cerca de um por cento líquidos ao ano, nos primeiros quatro anos, e há depósitos com rendimentos superiores.
“Até mesmo os Certificados de Aforro, que são pouco interessantes, rendem mais nesses prazos curtos”, sublinha a Proteste.
Quem investiu em Certificados de Aforro há mais de quatro anos não deve transferir o dinheiro para Certificados do Tesouro, “a não ser que tenha a certeza de que irá permanecer investido por mais de cinco anos”, aconselha.
Com os Certificados de Aforro, os investidores estariam a ganhar dois por cento, enquanto com os Certificados do Tesouro passariam a ter apenas um por cento nos primeiros quatro anos.
Os Certificados do Tesouro são uma nova aplicação de poupança da dívida pública destinados aos particulares e constituem uma alternativa aos Certificados de Aforro, Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro.