Low-cost tem 32 por cento do tráfego no Porto

17.06.2010 - 16:14 Por Raquel Almeida Correia
A low cost irlandesa convidou o presidente da TAP, Fernando Pinto, a “experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas”. Transportadora aérea estatal reage, sublinhando que tem um modelo de negócio baseado na "qualidade".
Fernando Pinto, presidente da TAP
(Miguel Manso)Ryanair e TAP entraram hoje em conflito directo, depois de a low-cost irlandesa ter oferecido um bilhete de avião ao presidente da companhia de aviação nacional, convidando-o a “experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas".
Em comunicado, a Ryanair destaca a "visível perda de popularidade da TAP no aeroporto do Porto", onde agora detém uma quota de mercado 32 por cento, o que a coloca em segundo lugar em termos de tráfego aéreo por uma ligeira diferença de 33 passageiros.
A companhia de aviação irlandesa salienta que viu o seu tráfego crescer 40 por cento em relação ao período homólogo, “o que se deveu às tarifas mais baixas praticadas, à menor taxa de bagagem perdida e à melhor pontualidade da Europa”.
Em tom de provocação, decidiu oferecer ao presidente da TAP um bilhete gratuito para que Fernando Pinto “possa experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas”.
Além disso, para “celebrar o declínio da popularidade da TAP no aeroporto Sá Carneiro”, vai disponibilizar bilhetes a dez euros a partir da meia-noite de hoje e válidos até à meia-noite de segunda-feira, dia 21, refere o comunicado.
Em reacção, a TAP respondeu que "tem um modelo de negócio baseado na qualidade e na preocupação em proteger os seus passageiros em todas as circunstâncias", acrescentando que respeita as companhias que "seguem outros modelos".
Acrescenta ainda que "tem vindo a merecer a crescente confiança dos mercados em que opera, com crescimentos acima da média da indústria, conforme se verifica também nos primeiros cinco meses de 2010".
E termina apontando o caso de alguns passageiros de uma transportadora aérea low-cost (cujo nome não revela) que, por causa dos constrangimentos provocados pela erupção de um vulcão na Islândia, "adquiriram bilhetes da TAP, queixando-se de não terem tido qualquer protecção no período de encerramento do aeroporto, nem qualquer indicação de quando poderiam voar para os respectivos destinos".
A Ryanair já se envolveu em polémicas como esta no passado. Uma das mais conhecidas envolveu o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e Carla Bruni, cuja imagem foi utilizada pela empresa numa campanha de publicidade.
A low-cost foi processada pelo casal e obrigada a pagar uma multa de 60 mil euros. O facto de este caso se ter arrastado até aos tribunais acabou por surtir um efeito positivo para a marca Ryanair, pelo número de notícias geradas em redor do processo.
Notícia actualizada às 16h43
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